14 de janeiro de 2014

tocante

para Sílvia Rubião
o meu livro de cabeceira
tem a pressa de uma promessa
tem a claridade das manhãs
não tem rima nem métrica
mas não precisa, parece presente,
que vem embrulhado em papel colorido

é tão forte quanto uma cachoeira
e doce quanto uma flor
tem tudo que preciso para viver
mais parece um origami
cheio de dobras e quinas
como a vida me parece ser
a sua autora é tão madura
e temporã como as chuvas de verão

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