18 de abril de 2013

Nossa casa

(O meu amigo e poeta Luiz Dias, fez-me um grande favor, estou indo para minha terra natal, vou revisitar a casa que nasci e onde passei os melhores momentos da minha vida)


Minha casa não era grande, mas aconchegante, gente indo e vindo.
Minha mãe trabalhava cantando, e como ela gostava de conversar.
O seu jeito de viver nos ensinou tantas formas de amor.
A doçura da sua voz trazia o céu para bem perto da gente.
Tudo era tão simples e doce:
-Deus te acompanhe , meu filho!
-Deus te abençoe!
-Bença, mãe!
-Dorme com Deus, meu filho!
Ela nos contava estórias - sem medos e de amor - algumas, ainda vivem em nossa memória.
Minha mãe melodiou nossa vida, e nos tocou com tanta ternura, que facilmente encontramos o caminho da sensibilidade e da gratidão.
A voz dela nos protegia dos perigos.
Quando a noite tomava o lugar do dia, ela nos cobria de amor.
Nós tínhamos um cobertor, e, em paz, a casa adormecia.
De manhã, o cheiro bom do café passava por debaixo da porta, e nos amanhecia.
Os 'DIAS' floridos passavam calmos.
O 'JARDIM DAS GENTILEZAS' floria na minha casa.


Luiz Dias

1 comentários:

Anônimo disse...

Lendo o poema, me sinto de frente a uma tela, vendo os Dias de uma família feliz...Com a proximidade do Dia das Mães, esta é uma bela homenagem a todas, retratada aqui, por uma tão especial...
Lúcia Ramos