numa cidade bem pequena
onde dona de casa
era contadora de estórias
e dono de bar não vendia bebidas
a madrugada virava seresta
o cheiro tinha todas cores
rio tinha doce até no nome
os loucos eram sempre alegres
e as ruas tinham calçadas
os meus anos multiplicaram
em trovão, em dores e em distâncias
transluz-me pela memória
imagens claras de saudades
2 comentários:
Mauro, também cresci numa cidadezinha onde os loucos eral alegres. Havia uma, que internaram, visitei-a, menina, e a achei tão triste na sua sanidade. Voltou às ruas, dançando e abrindo desfiles. Obrigada pela visita ao Roco. Sou fã de tudo que diz respeito ao Bispo do Rosário e tantos outros "loucos" maravilhosos. Gostei muito do seu espaço. Estarei por aqui.
Beijos,
Você sabe, como poucos, falar das coisas simples. E são elas que mais estiveram presentes em nossas vidas, não é? Abraço, Mauro.
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