Nas
manhãs quentes
de
um verão escaldante
eu
me lembro muito bem
na
casa de minha infância
havia
uma varanda
sustentada
por duas colunas
chamuscadas
de sol
e
desbotadas pelo tempo.
Algumas
folhas secas
levadas
pelos ventos noturnos
caiam
no chão de cimento
disputando
espaço
com
uma mesinha de centro
e
duas cadeiras namoradeiras
meu
pai com as suas mãos
brancas
de candura
cheias
de gestos e paciência
tratava
dos doentes.
Hoje
as tardes da minha vida
mesmo
cheias de chuvas e trovoadas
ainda
não apagaram a simetria das lembranças.
Ah,
como eram suaves os dias
na
casa de minha infância!
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