Os meus olhos buscam
fragmentos na memória
para reaver as lembranças
que o tempo insiste em apagar,
adiar e distanciar.
Depois que cresci,
a nostalgia passou
a ser uma estrada de terra
e um rio de água doce
com seu leito cada dia
mais estreito e pedregoso.
E, depois do depois,
a nostalgia tornou-se
sepultura no cemitério da cidade
eu na cova do lado fora
e a minha mãe do lado de dentro.
Mas agora,
a nostalgia é um festival
de inverno na chapada do bueno
eu estou do lado de cá
e a minha terra natal
tornou-se um continente
que está do lado lá.
16 de junho de 2012
Chapada
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
11:55
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