17 de fevereiro de 2012

a espera

quero ver de novo
o seu sorriso,
a sua alegria
enchendo a minha vida
de equilíbrio e vento

quero ver o raio de sol
entrar nos quartos,
na sala, na cozinha
da nossa casa
e iluminar sua face

quero ver a sua lucidez
desmedida e polida
brilhar como a lua cheia
e os mármores das catedrais

quero ver a claridade
do amanhecer nos seus olhos
sem tristeza e sem dor
só pequeno rumor
entre o instante e o entardecer

quero ver o seu rosto
de ontem sim,cheio de vida,
de alegria e de felicidade;
o de hoje não, tão magro,
tão calmo e tão triste

meu coração, é feito de aço sim!
mas, não suporta ver você assim
e por isso chora todas as noites
a espera de um milagre,
de uma cura e de um sorriso

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo. Lindo demais, Mauro! Beijo, Carine.

Luiz Dias disse...

Mauro, tenho notado seus escritos, tristes. Não sei o que está acontecendo. Eles me dizem muitas coisas, mas perpassadas de um sentimento de tristeza. Você mesmo escreveu sobre fases - quem sabe, a cheia de alegrias, volte! Embora tristes, são profundos e lindos seus poemas.
Abraços, do seu amigo Luiz.