ainda posso ver
pelas janelas antigas
os transeuntes
passando como vultos
ainda posso tocar
com meus braços
o leito do rio doce
e deixar as águas barrentas
lavarem a minha alma
ainda posso abrir
a porta da sala
que nunca foi trancada
apenas encostada
e entrar nas pontas dos pés
para não acordar ninguém
ainda posso pintar
as paredes da casa antiga
mas não posso mudar
o tempo que já passou
porque as melhores memórias
ficaram na minha pele
23 de dezembro de 2011
memória
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
06:42
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1 comentários:
Conheço esta paisagem, maravilhosa.
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