23 de setembro de 2011

Navegação

Pra navegar
Em águas profundas
É preciso
Saber lidar
Com os destroços
Que as ondas provocam.
Assim como as lágrimas
Que ficam guardadas
Por muito tempo
Fazem grandes estragos.

Em alto-mar
Não há faróis
Só distância
E solidão.

1 comentários:

luiz dias disse...

Mauro, que poema profundo e belo, como o mar mesmo. Ele por si só, diz tudo!
Há tantas coisas guardadas dentro da gente, o que fazer com elas? Como você bem disse, lidar com elas. Como o mar, elas não modificam, mas podem ficar no lugar certo, bem no fundinho, e ver que perto delas, tantas maravilhas navegam. A primavera "flore" a gente por dentro, e floridos somos mais perfumados.
Um abraço.