8 de março de 2011

Tardes vazias












Roberto Duarte (in memorium)

Há dias em que as tardes
Ficam tão vazias e tristes
Que parecem noites sem sombra
E sem lua.

Há horas em que os relógios
Não marcam nem apontam nada
Porque tudo mais é monótono
E sem luz.

Aquela rua calçada de pedras
É apenas uma saudade inominável
As grades da casa ainda estão lá
Mas o sorriso e a receptividade
Não mora mais naquele endereço
Agora é um corpo imaterial
E só o vento leve consegue sustentar
A alma de um eterno aprendiz
Aqui na terra e lá no céu.

1 comentários:

Unknown disse...

AMÉM. Mauro!

Lindo poema!

Beijos

Mirze