26 de dezembro de 2010

Sem pressa


O mar fica muito longe
Mas eu sou os ventos
Que sopram toda manhã.

Sou os pássaros que revoam
Quando os sinos tocam
Solenemente na torre da igreja.

Sou as abelhas que voam
Apressadas quando percebem
Que a primavera está próxima.

Sou as águas cristalinas da serra
Que descem tranquilamente
Pelas encostas dos morros.

Sou o brilho do sol que se desdobra
Em cores vivas para que o dia nasça
Naturalmente como um milagre.

O mar fica longe, eu sei!
Mas não preciso correr
Para chegar lá.

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