23 de outubro de 2009

As dobras do vento

Dedico à minha prima Vânia Veríssimo (que outro nome não pode ter)






















Ah, a vida é assim mesmo!

É preciso saber decifrar sempre.

Manter-se sereno.
Guardar segredos.
E reunir saberes.

As dobras do vento
Não posso negar,
Levam as palavras,
Os cheiros e as plumas.
Mas não carregam as lembranças.

Por isso não preciso de muito...
A poesia não me basta

Não me preenche
Nem me absorve.
As minhas ausências
E as minhas andanças
Fizeram-me girassóis
Que nos campos abertos
Precisam de água, ar
E muito sol.


Hoje, procuro nas incertezas

Desses tempos tardios,
Guardar a sua face serena, bela
E morena.
Como quem guarda, em livros,
Uma folha de trevo envelhecida.
E é nesse livro que escrevo
A minha história de vida
E de saudades.

1 comentários:

Adriana Godoy disse...

A poesia não te basta, mas a mim encanta. Mais um lindo poema que certamente deixará feliz a sua prima. Beijo.