1 de julho de 2009

As alianças

Dedicado à minha amiga, Larrisa de Freitas Faria.


Com meu alforje de caminheiro, avistei um golfo que mais parecia um deserto alagado. Tudo estava tão claro que não precisava das palavras para decifrar as imagens que apareciam e desapareciam ao meu redor.
No limiar tênue que separa o dia da noite, vi uma moça com os cabelos que pareciam ondas do mar, a sua boca vermelha como gomos de romã madura, os seus olhos brilhantes como as estrelas do céu, nas suas mãos dois livros abertos e em cada dedo anelar uma aliança.
E aos seus pés havia uma inscrição: o amor não começa nem termina aqui na terra, a solidão sim.

0 comentários: