9 de junho de 2009

Meus mortos

Eu não tenho medo
Dos mortos, esses coitados;
Não voltam mais.
Eu tenho medo
Das chuvas, essas sim;
Sempre voltam
Trazendo trovões e raios.

Em toda minha vida
Meus mortos
Só me deixaram saudades
Mas são tantas saudades
Que me esqueço
Do medo das chuvas.

1 comentários:

Adriana Godoy disse...

Lindo, Mauro. Essa comparação entre o medo da chuva e dos mortos. Belo achado, bela poesia. Bj