12 de maio de 2009

O despertar




A casa que eu sempre regresso
Não pode ser comprada
Nem vendida.
Quando a deixei
Queria correr o mundo
Queria atravessar os mares
Queria sentir outros ares.

Se eu ainda tivesse tempo
Regressaria para a casa
Que me viu nascer.
E toda manhã iria me banhar
No rio que corta a cidade
E nunca deixaria o meu coração
Despertar do sono profundo dos justos.

Se eu ainda tivesse tempo
Iria cuidar do jardim
Todas tardes ensolaradas
E descansar o resto do dia.

1 comentários:

ISABEL HORTA disse...

Mauro Lucio:

voce percebeu o mito do eterno retorno nesta poesia?
Voce sai, corre mundo e volta ao início para ver tudo como se da primeira vez.
A gente quer renascer e a poesia ajuda neste parto feliz que é a vida, não?
Abração, amigo.Continuo querendo que voce seja visto no Mural dos escritores.
Bel