Naquela casa da esquina.
Minha avó paterna fazia quitandas
Os amigos dos amigos dos 10 filhos
Se reuniam para contar histórias
E jogar conversa fora.
Naquela casa da esquina.
Os carteiros antes de entregarem as cartas
Passavam por lá para tomar um cafezinho
Ou beber um copo de água fresca para matar a sede.
Naquela esquina passavam os bois e as boiadas.
Até o trem, em um passado bem distante,
Já passou vagarosamente.
Naquela casa da esquina vinham os doentes
De toda cidade e redondezas
Para tratar das febres e dos sarampos
Com os remédios caseiros e manipulados.
Naquela esquina a casa amanhecia
Com a cantoria dos pássaros
E assistia a tarde esconder
Mansamente atrás do morro.
Naquela casa da esquina, eu nasci.
8 de novembro de 2007
A casa da esquina
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
12:31
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